Itália tradicionalmente atrai investidores estrangeiros interessados em investimentos lucrativos em imóveis. No entanto, o erro mais comum ao adquirir propriedades é subestimar a carga tributária, o que pode aumentar o custo final da compra e manutenção da habitação. O valor depende do tipo de imóvel, seu custo e do status de residência do proprietário.
É um equívoco pensar que as taxas de imposto são iguais para todos. Sem um entendimento detalhado, você pode se deparar com despesas inesperadas, como taxa sobre segunda propriedade ou taxas adicionais para aluguel.

Vamos analisar detalhadamente quais impostos sobre imóveis na Itália um investidor deve pagar, como é calculado o valor catastral da habitação, quais benefícios existem na compra e quais despesas adicionais são importantes considerar.
Quais impostos um investidor estrangeiro paga na Itália
Ao comprar imóveis na Itália, o investidor se depara com diferentes tipos de impostos, que podem ser divididos em taxas obrigatórias e anuais.
Impostos sobre a compra de propriedades
Ao adquirir propriedades residenciais, estrangeiros devem pagar:
- Imposto de Registro (Imposta di Registro) — 9% do valor catastral da propriedade na Itália, se adquirida de um particular.
- IVA (Imposto sobre Valor Agregado) — 4%, 10% ou 22%, se a propriedade for adquirida de um construtor.
- Imposto de Selo (Imposta di Bollo) — 50 euros.
- Imposto sobre Hipoteca e Taxa Cadastral – 2% e 1% do valor da habitação.
Impostos sobre a posse de imóveis
Após a aquisição da habitação, são pagos anualmente:
- IMU — imposto sobre propriedade, a taxa varia de 0,4% a 1,06% dependendo da região.
- TASI — taxa sobre serviços municipais, taxa de 0,1% a 0,3%.
- TARI — taxa fiscal sobre resíduos, o valor depende da área e do número de residentes.
Esses impostos sobre imóveis na Itália dependem do valor da propriedade e da região. Por exemplo, em Milão, as taxas são mais altas do que nas províncias do sul.
Como é calculado o valor catastral e por que é importante
O valor catastral de imóveis na Itália (Valore Catastale) é o valor de avaliação da propriedade, estabelecido por órgãos governamentais com base na categoria do imóvel, sua localização e tipo de uso. Geralmente, o valor é inferior ao preço de mercado, com uma diferença de 30-50%. A avaliação governamental é usada para calcular o imposto, portanto, é importante considerá-la antes da compra.
O valor de avaliação é formado com base em coeficientes multiplicados pelo preço base por metro quadrado estabelecido para cada tipo de propriedade. Para residências, é aplicado um coeficiente de 110–160, para propriedades comerciais, 40–80. Os coeficientes são revisados periodicamente pelas autoridades italianas.
Como o valor de avaliação afeta os impostos
Vários impostos-chave dependem do valor catastral:
- Imposto de Registro — equivale a 9% da avaliação catastral na compra de propriedade de um particular.
- IMU — imposto sobre a posse, calculado por um coeficiente multiplicado pelo valor base. Quanto maior a avaliação, maior o imposto.
- TARI — taxa de resíduos, diretamente relacionada ao valor catastral: quanto maior a avaliação, maiores as taxas de serviços municipais.
Se um investidor escolher uma propriedade com um valor de avaliação mais baixo, poderá reduzir significativamente a carga tributária. No entanto, antes da compra, é aconselhável consultar especialistas, pois propriedades com valor catastral subestimado podem ter restrições legais ou operacionais.
Quais benefícios fiscais estão disponíveis para investidores estrangeiros
Para compradores estrangeiros, existem benefícios na compra de imóveis na Itália:
- Primeira propriedade: se a propriedade for adquirida para residência pessoal, a taxa de registro é reduzida para 2%.
- Para residentes: ao obter residência, é possível evitar o IMU na residência principal.
- Taxa de IVA: ao comprar uma nova construção, é possível aproveitar a taxa reduzida de 4%.
- Redução do IMU para propriedades alugadas: se a propriedade for alugada com contrato oficial, a taxa de IMU é reduzida em 25%.
É importante descobrir antecipadamente quais benefícios estão disponíveis e como obtê-los.
Quais impostos sobre imóveis devem ser pagos anualmente na Itália
Os proprietários de imóveis na Itália pagam anualmente impostos obrigatórios relacionados à propriedade e serviços municipais:
1. IMU — imposto sobre propriedade. Obrigatório para todas as propriedades, exceto a residência principal (se não for de categoria de elite, como mansões, castelos, edifícios históricos):
- taxa: de 0,4% a 1,06% do valor catastral;
- pagamento: duas vezes por ano — em junho (adiantamento) e dezembro (pagamento final).
2. TASI — imposto sobre serviços municipais. Cobre despesas com iluminação, estradas, segurança:
- taxa: até 0,3% do valor catastral;
- quem paga: proprietário, às vezes — inquilino.
3. TARI — imposto sobre resíduos. Depende da área da propriedade e do número de residentes:

- fórmula de cálculo: tarifa base × área + ajuste com base no número de residentes;
- pagamento: anualmente ou trimestralmente.
4. Imposto sobre renda de aluguel. Ao alugar uma propriedade, a taxa sobre a receita é:
- Cedolare Secca — 21% (taxa fixa);
- IRPEF — de 23% a 43% (escala progressiva).
5. Multas por falta de pagamento:
- 30% do valor devido + juros de mora;
- possível confisco da propriedade.
Conclusão
Adquirir uma propriedade em um belo país europeu é um investimento lucrativo, desde que todos os compromissos do comprador sejam considerados. Os impostos sobre imóveis na Itália incluem tanto despesas únicas na compra quanto pagamentos anuais que podem impactar significativamente o orçamento do proprietário. Ignorar nuances fiscais pode levar a despesas adicionais, enquanto um planejamento adequado pode resultar em economias significativas. Determinar antecipadamente o valor catastral da propriedade na Itália permite calcular corretamente os pagamentos futuros e minimizar a carga tributária. Uma abordagem sensata à tributação é a chave para uma posse bem-sucedida de imóveis e um alto retorno sobre o investimento.